Animes e Cartoons

ONE PIECE | Um dos maiores animes de todos os tempos

One Piece
Créditos da Imagem: Eichiro Oda

Há alguns anos, meu padawan “se descobriu otaku” e passou a consumir com voracidade muitos títulos de animes e mangás.

Isso despertou em mim um grande saudosismo, eu confesso, e até brinquei com ele dizendo que eu sou “avô” dos otakus de hoje, porque há mais de 40 anos eu já assistia os precursores de tudo o que ele conhece, principalmente na saudosa e extinta TV Manchete e na Rede Record, como Don Drácula, Fantomas, Sawamu, A Princesa e o Cavaleiro, Ultraman, Spectreman, A Cobrinha Azul, entre tantos outros.

Já meu padawan conheceu Dragon Ball, Naruto, Demon Slayer, mas o “anime do momento” na vida dele é ONE PIECE!

Criado em 20 de outubro de 1999, por Eiichiro Oda, que teve influência direta de Akira Toriyama, a mente por trás de Dragon Ball, ONE PIECE alcançou marcas surpreendentes, como ter entrado para o Guiness Book dos recordes em 2015 na categoria “mesma série de quadrinhos de um só autor a ter mais cópia publicadas’, com 320.866.000 cópias impressas em circulação entre dezembro de 1997 a dezembro de 2014, e está entre os animes com mais episódios já criados, passando de 1.075 no momento em que este texto está sendo redigido.

O que eu particularmente não gosto na trama e considero extremamente desnecessário na narrativa é a hipersexualização das protagonistas.

Nami e Robin são mulheres fortes, independentes e muito inteligentes, mas, muitas vezes, seus seios e suas nádegas acabam ganhando destaque proposital de forma completamente descabida.

Esse é um dos pontos que acaba causando muita controvérsia: é possível ser geek e cristão ao mesmo tempo?

Acredito que o melhor versículo bíblico para reflexão sobre isso é:

1 Coríntios 6:12 “Todas as coisas me são lícitas”, mas nem todas convêm. “Todas as coisas me são lícitas”, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.

A história do jovem pirata Monkey D. Luffy, que usa um chapéu de palha, comeu um fruta amaldiçoada (akuma no mi) que transformou seu corpo em borracha e o impossibilita de nadar (grande ironia para um pirata, diga-se de passagem), também conta, atualmente, com mais de 15 longas de animação e uma série original Netflix, que ficou em 1º lugar entre as sérias mais assistidas em 84 países, segundo levantamento do site FlixPatrol, poucos dias após a estreia em 31 de agosto deste ano de 2023.

Tudo gira em torno de Luffy e seu bando de piratas na busca pelo lendário tesouro do “Rei dos Piratas” Gol D. Roger, o One Piece, que ninguém sabe exatamente o que é, enquanto vivem as mais loucas aventuras, enfrentando outros piratas e a Marinha, que é controlada pelo “Governo Mundial”, uma espécie de federação de reinos e países liderada por nobres preconceituoso e esnobes.

Roronoa Zoro (o espadachim), Nami (a navegadora), Vinsmoke Sanji (o cozinheiro), Tony Tony Chopper (o médico), Nico Robin (a arqueóloga), Franky (o carpinteiro/construtor), Brook (o músico) e Jinbe (o timoneiro) completam a tripulação, contribuindo cada um ao seu modo para que Luffy realize o seu sonho de se tornar o “Rei dos Piratas”, ao passo também buscam realizar seus próprios sonhos.

O fenômeno que ONE PIECE se tornou pode ser explicado de várias maneiras.

Eiichiro Oda, no meu ponto de vista, pode ser classificado com um gênio, que criou não apenas uma história, mas todo um universo repleto de referências ao que o nosso mundo tem de melhor e de pior. Qualquer pessoa pode se sentir representada em One Piece, que abriga diversas raças humanas (sim, o ser humano é uma espécie com diversas raças), de homens-peixe (gyojin), gigantes, anões (tontattas) e outros tantos híbridos.

Também há referências a países do nosso mundo no mundo de ONE PIECE. Por exemplo, o país de Wano é basicamente o Japão feudal, com habitantes de etnia predominantemente oriental, costumes, alimentos e religiões orientais e fronteiras fechadas, governado por um xogum.

Tudo está presente: riqueza, pobreza, fome, doenças, guerras, corrupção, guerreiros que lutam pela liberdade e querem libertar o povo da opressão.

Outro ponto interessante é que os capítulos mais recentes do anime apresentam lutas entre Luffy e seus inimigos no melhor estilo Dragon Ball.

ONE PIECE é uma história de aventura, camaradagem, denúncia, amizade, e há muito mais o que escrever a respeito.

Veremos onde o Eternal Pose irá me levar.

“The One Piece is real!!!” – Barba Branca

Fontes: Guiness Book, Flixpatrol

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